JUDOCA PARAENSE É CORTEJADO

Foto: Surama Soares

Equipes do Sudeste querem luisinho, o campeão de 14 anos , mas ele prefere ficar em Belém junto da família.

A arte marcial paraense, que é pródiga em revelar talentos, tem mais um atleta com esta honraria. Trata-se do judoca Luiz Augusto Nogueira Filho (Luizinho), 14 anos, que venceu todas competições que participou em 2009. Luisinho visa à Olimpíada de Londres (Inglaterra), de 2012, e a do Brasil, de 2016. ‘’Vou estar lá', aposta. Neste ano ele começa nova fase no judô brasileiro. Passa a competir na categoria juvenil.

Em 2009, Luisinho foi a referências do judô paraense. Ganhou tudo representando o Estado. Sua última conquista foi o Sul-ameriano de Judô Estudantil, realizado na cidade de Loja, no Equador, no começo do mês passado. Num ritmo frenético, em que divide seu tempo entre estudos e treinos, segue determinado. Não para nem mesmo nesta época de recesso do judô paraense. Segundo o pai, Luiz Nogueira, 38, também judoca, faixa marrom, Luisinho é um obstinado. Seu Nogueira lembra que em 2008 levou o filho para o Rio de Janeiro, contratado pelo Vasco. Competiu, venceu pela equipe vascaína, mas, devido à violência da cidade, retornou para Belém . 'Foi uma experiência proveitosa para o Luisinho, tanto que estamos sempre recebendo convite do Vasco e do Flamengo para ele voltar’’, conta. Ele também revela que o Sesi, de Cubatão, SP, fez proposta financeira para tê-lo na sua equipe. Segundo ele, o 'fator família' é uma das razões para que o atleta permaneça em Belém.

Luisinho começou no tatame aos 4 anos. Logo mostrou o dom da arte marcial se destacando entre os atletas da categoria mirim. Depois veio o infantil. Até 2009 era pré-juvenil, categoria em que foi absoluto. Além do judô também pratica jiu-jitsu para reunir o útil ao agradável. 'Faço os dois para ter melhor domínio no combate’’, diz o atleta.

A façanha de Luisinho não se limita ao tatame nacional. Hoje é um judoca com conquista internacional, pois, além do campeonato Sul-americano Estudantil, no Equador, foi campeão pan-americano, em Porto Alegre, RS. No âmbito regional é tetracampeão paraense.

De acordo com o pai, Luisinho não tem ajuda do governo, no entanto é patrocinado pelo Banco da Amazônia, DC3, Artesanal e pela ESMAC, o que permite ao atleta ter condições de viajar para eventos fora da capital paraense e do País. 'Acho que o governo poderia investir mais nos atletas de ponta’’, avalia o pai.

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